No mês de agosto foram contabilizados 30.901 focos de incêndio na Amazônia, segundo dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Isso é quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado, com 10.421 focos.

O número é o mais alto desde 2010, ano de seca extrema em que foram registrados 45.018 focos de incêndio.

A quantidade de focos de incêndio registrada em agosto deste ano foi superior à média histórica, calculada entre 1998 a 2018, que foi de 25.853 – um aumento de 20%. O Pará foi o estado com o maior número de queimadas: 10.185. Considerando o ano todo, a Amazônia soma 46.825 focos de queimada, 51% do total registrado no País, em 2019.

O presidente Jair Bolsonaro havia publicado um decreto na quinta-feira (29) que proibia a realização de queimadas em todo o território nacional por 60 dias. Mas, no dia seguinte, o presidente publicou um novo decreto que permite a realização de queimadas em razão de “práticas agrícolas, fora da Amazônia Legal, quando imprescindíveis à realização da operação de colheita, desde que previamente autorizada pelo órgão ambiental estadual”.