Sergio Pitamitz, um fotógrafo da National Geographic, estava na Tanzânia fazendo fotos da migração das zebras no Parque Nacional do Serengeti quando viu um animal de pelo loiro na multidão listrada de preto e branco. “No começo, pensei que fosse uma zebra que rolou na poeira”, disse Pitamitz à National Geographic. Mas a “poeira” não saiu com água, e ele entendeu o que tinha encontrado.

Supostamente a zebra tem albinismo parcial, uma condição genética que leva à falta de melanina, o pigmento escuro que dá cor ao cabelo, pele e pelo. O albinismo é visto em diferentes espécies, de orangotangos a pinguins – como noticiado recentemente por PLANETA, e pode ter um estado intermediário ou parcial, que clareia o tom, mas não o torna de todo branco. Seu oposto, o melanismo, em que há um excesso de pigmento escuro, também ocorre, na maioria das vezes em grandes felinos.

Nas zebras em estado selvagem, no entanto, é extremamente raro. Apesar de avistamentos relatados, o caso só tinha sido documentado até então em animais em cativeiro. E aparentemente confirma que é possível para essa espécie sobreviver nessas condições na natureza. Os cientistas tinham dúvidas sobre isso – afinal, o animal fica mais exposto que os outros e pode ser rejeitado pela manada.

As listras das zebras servem para repelir mordidas de insetos, seres abundantes nas planícies e montanhas africanas onde vivem. Além de usar o som e o cheiro, acredita-se que as zebras, que têm excelente visão, usem as marcas listradas para se identificarem. O padrão de cada zebra é único, como impressões digitais, por isso talvez elas não se incomodem com essas marcas um pouco mais claras.