As montadoras de veículos estão trabalhando para combater o aquecimento global, e nesse sentido a Toyota possui projetos para tornar as suas fábricas cada vez mais verdes. Na fábrica de motores que inauguramos em maio em Porto Feliz, assim como naquela em que montamos o sedã Corolla, em Sorocaba, ambas no interior de São Paulo, utilizamos energia 100% renovável.

Mas podemos dizer que não estamos fazendo um trabalho tão bom assim – e isso vale não apenas para a Toyota, mas para todas as montadoras. Isso porque os veículos híbridos e que utilizam células de combustível, os quais poluem pouco ou nada, representam menos de 1% do nosso mercado. Quando olhamos o quadro de veículos híbridos e com células de combustível ao redor do mundo, verificamos que o mercado do Brasil é um dos últimos colocados, com um nível muito baixo de aceitação desses produtos.

Os veículos híbridos são muito bons para o nosso mercado – são muito econômicos e divertidos de dirigir. Quem dirige em São Paulo, por exemplo, sabe que passa boa parte do tempo parado, quando é o motor elétrico do híbrido que está em funcionamento, e nesse sentido não consigo pensar em nenhum outro mercado no mundo em que esses veículos possam trazer mais benefícios do que no Brasil. Já designamos nosso vice-presidente executivo para conduzir um processo de educação da sociedade e do mercado brasileiros a respeito da importância dos veículos híbridos.

Os motores a gasolina vão desaparecer. Na Toyota, investimos em múltiplas tecnologias, mas acreditamos que os veículos híbridos e com células de combustível são o futuro e vão, inevitavelmente, começar a aumentar a sua presença no dia a dia. Ainda estamos estudando se vamos produzir o Prius, o mais conhecido e vendido veículo híbrido do mundo, aqui no Brasil. Por enquanto, as vendas por ano no país são pequenas, de cerca de 1.000 carros, e não faz sentido fabricá-lo aqui por causa de um volume tão baixo. Mas ainda não desistimos de construir tecnologia híbrida no Brasil. Um dia faremos isso aqui.