O rover Curiosity da Nasa percorreu um longo caminho desde que chegou a Marte, sete anos atrás. Desde que pousou no Planeta Vermelho, em 6 de agosto de 2012, o veículo transitou por um total de 21 quilômetros e subiu 368 metros para a sua localização atual.

Ao longo do caminho, a Curiosity descobriu que Marte tinha condições de apoiar a vida microbiana no passado antigo, entre outras revelações.

Mas a missão do rover está longe de terminar, já que o veículo tem mais alguns anos até que seu sistema de energia nuclear se degrada o suficiente para limitar significativamente as operações. Depois disso, o uso criterioso do que restar de energia permitirá que o veículo continue estudando o planeta por mais um tempo.

O Curiosity está agora na metade de uma região que os cientistas chamam de “unidade argilosa” do lado do monte Sharp, dentro da Cratera da Galé. Bilhões de anos atrás, havia riachos e lagos dentro da cratera. A água alterou o sedimento depositado nos lagos, deixando para trás muitos minerais de argila na região.

Esse sinal de argila foi detectado pela primeira vez do espaço pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) da Nasa, alguns anos antes do lançamento de Curiosity.

“Esta área é uma das razões pelas quais viemos para a Cratera Gale”, disse Kristen Bennett, da US Geological Survey, uma das co-líderes da missão da Curiosity na unidade de argila. “Estamos estudando imagens orbitais desta área há 10 anos e, finalmente, podemos dar uma olhada de perto.”, afirmou Kristen.

Isso mostra que a Curiosity ainda tem muito gás para queimar e pode fazer novas descobertas importantes para entender a formação do Planeta Vermelho.

Fonte: Nasa