O sarcófago de ouro do sacerdote Nedjemankh, que foi roubado do Egito durante a revolução em 2011, foi devolvido pelos Estados Unidos e voltará a seu país de origem.

A peça foi retirada do país africano quase nove anos atrás, durante o período conturbado de manifestações que tomaram o Egito. O sarcófago foi transportado através dos Emirados Árabes até chegar na França. Em 2017,  foi vendido ao Metropolitan Museum of Art (MET), que fica em Nova York, nos EUA, onde foi colocado em exibição junto com outras peças egípcias.

Segundo reportagem da CNN, em fevereiro deste ano a procuradoria de justiça de Manhattan emitiu um mandado de busca e retirou o sarcófago da área de visitação.

O promotor Cyrus R. Vance Jr. declarou que devolver tesouros culturais roubados a seus países de origem está no centro da missão da procuradoria de impedir o tráfico de antiguidades, e que estava honrado em repatriar o artefato ao povo egípcio.

O ministério de Relações Exteriores do Egito assinou um protocolo oficial durante uma cerimônia de repatriação e o sarcófago voltará para o país e lá será colocado em exibição pública.

Outros esforços de repatriação de artefatos do Egito não foram tão bem sucedidos. Em julho, uma estátua do faraó Tutancâmon foi vendida em um leilão em Londres por quase US$ 6 milhões, mesmo depois de autoridades egípcias alegarem que o objeto havia sido roubado e exigirem sua repatriação.