Pela primeira vez, um satélite da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) precisou fazer uma manobra de desvio para evitar uma colisão com outro satélite.

O satélite Aeolus precisou acionar seus propulsores para desviar de um satélite da empresa Space X, do inventor Elon Musk na constelação Starliknk. O termo “constelação”, nesse contexto, não se refere a um conjunto de estrelas, mas sim a uma frota de centenas e até milhares de veículos espaciais funcionando numa mesma região orbital.

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Segundo comunicado divulgado pela ESA, conforme o número de satélites orbitando no espaço aumenta, aproximações entre naves espaciais vão acontecer com mais frequência. Considerando que ainda existe lixo espacial circulando, o que incluiu fragmentos e objetos não funcionais como satélites desativados, cada vez mais serão necessários esforços de coordenação para evitar acidentes.

De acordo com a agência, o processo de desvio de rota ainda é manual e não é nada prático, considerando que o número de alertas vai aumentar cada vez mais. “Esse caso mostra que, na ausência de regras de tráfego e protocolos de comunicação, a prevenção de colisões depende completamente do pragmatismo dos operadores envolvidos”, diz Holger Krag, chefe do departamento de segurança espacial da ESA.

Hoje em dia, as comunicações entre as agências é feita por email, um processo muito lento e inviável, na opinião de Krag, considerando o crescente número de satélites no espaço.