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Equilíbrio constante

“Ser mulher é lidar o tempo todo com linhas tênues. É a tentativa diária de se equilibrar entre a independência e a intimidação. É quase nunca saber se a abordagem de um homem tem algum interesse além daquele que ele diz ter. É ter sua competência medida na relação (des)proporcional de sua aparência física. É acelerar o passo numa rua escura e pouco movimentada, mas, ainda assim, ter vontade de explorar a noite, as ruas, as curvas. É ter de ouvir os homens dizendo como você deve se sentir, vestir e agir. Mas é, ao mesmo tempo, dizer não a isso e saber que só cada uma sabe o que se passa dentro de si.”
Mariana Queiroz Barboza, repórter de Internacional de IstoÉ

Google faz homenagem as mulheres comuns do mundo no Doodle que celebra o Dia Internacional da Mulher

 

Força selvagem

“Ser mulher é entender que dentro de mim habita uma força que habita em todas as fêmeas, uma força selvagem que nos foi tirada ao longo dos milênios para nos domesticar e sermos moldadas conforme nos impõem a cultura e a religião da sociedade patriarcal. É lutar contra o machismo, pela livre escolha e poder da mulher sob o seu corpo, por ser reconhecida pelos talentos, pelo fim da ditadura da beleza e da rivalidade entre mulheres, pela igualdade de gênero, pelo simples sair na rua sem ter medo de que seu espaço e seu corpo sejam invadidos. Ser mulher pra mim é lutar.”
Kareen Sayuri, diretora de arte de Menu

 

Reflexo da diversidade

“Encontrei a mulher que hoje existe em mim quando em um dia de trabalho enxerguei o abismo que nos separa dos homens. Não teve volta. Percebi que ser mulher é ter sensibilidade para olhar o mundo. Das histórias que passaram por mim quis contar a das índias de Dourados, rejeitadas nas delegacias, porque causava angústia. Quis ouvir as mães que perderam seus filhos em confronto com a polícia porque vi amor. Tentei transcrever a vontade das jovens que usam as redes sociais para mobilizar umas as outras porque inspira. Me emocionei ao ouvir negras falando firmes contra o racismo. Vi força quando conheci as mulheres trans. Fui representada quando todas foram às ruas para assegurar nossos direitos na saúde pública. Senti o arrepio na espinha das que foram assediadas no transporte público. Sinto orgulho quando assisto a uma de nós assumir um cargo público. Olho no espelho e vejo um pouco de cada uma delas em mim. Ser mulher é refletir essa diversidade. E cada dia que enxergo melhor essas diferenças, concluo: não há como voltar atrás.”
Fabíola Perez, repórter de Comportamento e Sociedade da IstoÉ

 

Toda mulher já ouviu isso

“Feche as pernas. Sente-se direito. Não fale alto. Tire os cotovelos da mesa. Seja boazinha. Seja paciente. Não seja muito simpática. Não seja chata. Controle seus impulsos. Você provocou. Não saia sozinha. Não viaje sozinha. A culpa é sua. Não seja muito magra. Não seja muito gorda. Não use roupa curta. Não saia de cara lavada. Não use muita maquiagem. Você provocou. Não seja muito extrovertida. Não tenha amigos homens. Não se ofenda com brincadeiras. Não leia muito. Não questione. Não fale tudo o que pensa. Não fique deprimida. A culpa é sua. Trabalhe. Seja independente. Não seja muito independente. Não seja egoísta. Namore. Case. Tenha filhos. Não tenha muitos flhos. A responsabilidade é sua. Cozinhe. Limpe. Lave. Passe. Cuide de tudo e de todos. Aguente firme. Pague as contas. Não reclame. Ignore a TPM. Engula o choro. Agradeça. Sorria e acene. Diga sempre que está tudo bem. Ser mulher em uma sociedade patriarcal e machista ainda é viver com medo e sob pressão.”
Geovana Pagel, editora de IstoÉ Dinheiro Online

 

Ideias sempre abertas

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“Para mim, ser mulher é ser uma exceção à regra. Em criança, não me sentia à vontade em vestidos e cores brandas. Queria ser menino, apenas por não caber em mim. Não me bastavam as fronteiras do universo concebido às mulheres, enquanto meu avesso sinalizava tanta liberdade, tanto riso, tantas aventuras e diversões. Meu desejo era me transformar em Pedro e ser o que eu quisesse. Mas rapidamente vi a impossibilidade de me converter em um ser masculino (eu já era enfeitiçada e talhada pelas incríveis mulheres à minha volta), e também a possibilidade de me tornar uma criação original. Assumi – com facilidade até – trajes, corpo, sonhos e paladares femininos, guardando para sempre a gargalhada alta e debochada, o andar firme e as ideias sempre abertas, que me permitiram voar alto, sendo mulher neste mundo que já era tão essencialmente masculino.”
Maria Clara Vergueiro, diretora da Rocky Mountain Livros

 

Força especial

“Difícil se sentir diferente de um homem quando sempre fui tratada como igual. Sim, posso me considerar privilegiada por nunca ter sofrido abuso, ter sido alvo de comentários machistas e por ter vivido em ambientes – seja na família ou na faculdade – formados por mulheres em sua maioria. Isso se deve muito à luta de gerações anteriores por posições de igualdade (um legado que continua). Mas a natureza me mostrou recentemente como ser mulher é especial e nos faz ter uma força que, duvido, chegue perto do que o homem possa sentir: ser mãe.”
Beatriz Marques, redatora-chefe de Menu

 

No ataque

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“Antes de ser mulher, o que valorizo é ser gentil, ser determinada, ser energética, ser ética. Essas são qualidades que, a meu ver, qualquer ser humano deve cultivar e aprimorar em vida. Independentemente de gênero, orientação sexual, raça, religião, estado civil, gosto, etc., etc. Agora, se há discriminação, desconsideração ou desprezo envolvendo a condição feminina, parto pro ataque.”
Paula Alzugaray, diretora da revista Select

 

Batalha cotidiana

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Esse é um conceito muito variável que vai mudar conforme a época, a classe social, o ambiente em que vive, o país, a religião e até mesmo de acordo com o sexo, já que muitas pessoas podem ser mulher, sem ter nascido mulher. Para mim, hoje, ser mulher é lutar para mostrar para a sociedade que é ser o que quiser, como quiser, onde quiser e quando quiser. Conquistar o direito de não seguir padrões e regras predeterminados. É lutar, diariamente, para ter os mesmos direitos que os homens, como aqueles mais básicos, como a liberdade social de não ser desrespeitada, julgada ou assediada pelo simples fato de ser mulher. De querer ou não querer ser mãe, querer ou não querer ser forte, querer ou não querer ser vaidosa, querer ou não querer ser do lar. E, enquanto isso, lidar diariamente com os micromachismos já tão normalizados na nossa rotina.
Ana Carolina Nunes, repórter de IstoÉ Online

 

“Ser mulher é ser. Pensar. Acreditar. E, logo, existir.”

Gisele Vitória, diretora de redação de PLANETA

 

Nem maiores, nem menores

“Uma senhora de 87 anos costuma me dizer que, se pudesse nascer novamente, escolheria ser homem. Entendo e respeito a visão dela, que veio ao mundo três anos antes de as brasileiras terem direito ao voto. Imagino como tenha sido difícil a vida dessa senhora, pois ainda hoje ‘difícil’ é a primeira palavra que vem à minha cabeça quando me perguntam o que é ser mulher e vejo jovens nascidas nos anos 2000 sofrerem violências medievais. Respondo a ela que amo ter nascido menina e que enxergo evoluções em nossa sociedade, apesar do enorme caminho que ainda precisamos percorrer rumo à igualdade de gênero e ao respeito pleno. Nascer homem não deve ser privilégio. Jamais! Somos humanos e é isso que nos torna iguais. Nem maiores, nem menores.”
Elaine Ortiz, repórter de IstoÉ

 

Direito de escolha

“Definir o que é ser mulher passa inevitavelmente pela ideia de construção histórica e social do feminino. Depende do tempo, do lugar, do contexto. Se em 1930 havia mulheres que iam pras ruas brigar pelo direito ao voto, outras cuidavam da casa e esperavam o marido voltar do trabalho. Se em 1960 havia quem exigisse o direito de tomar a pílula, havia também quem se casava virgem. Se nos anos 2000 há quem lute contra o machismo gritando, mostrando os seios e manchando o corpo de tinta vermelha, há quem prefira ser ‘bela, recatada e do lar’. Todas, e muitas outras, são mulheres. O importante é que o papel a ser ocupado por cada uma de nós possa ser uma escolha livre e consciente, e não uma obrigação. Meu tempo, meu lugar e meu contexto me permitiram ser uma mulher que luta pelo direito de fazermos essa escolha.”
Camila Brandalise, repórter de IstoÉ

 

Luta diária

“Ser mulher é ter de provar, a todo o momento, que é capaz de ser e fazer o que quiser, quando quiser e como quiser. É se fazer ouvir, mesmo quando querem calar. É lutar, diariamente, pela liberdade de ser feliz. Usar a razão e o coração como guia para não desistir, nunca, do direito à igualdade.”
Paula Bezerra, repórter de IstoÉ Dinheiro

 

Prevenção de riscos

“Ser mulher é… Planejar o dia pensando em qual roupa vestir, qual meio de transporte usar e por quais ruas você irá passar, para prever todos os riscos, do assédio ao estupro e, se acontecer alguma dessas agressões, ficar calada para não sofrer um revide ainda pior, porque ser mulher (ser considerada uma ‘boa’ mulher) é sinônimo de ser passiva.”
Gabriela Araújo, repórter de IstoÉ Online

 

Vontade própria

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“Seria um estado de espírito? Uma identidade? Uma luta? Uma condição? Ser mulher é uma quantidade tão vasta de coisas que me parece errado tentar encaixar em um conceito único. Independentemente do que os outros falem ou do que a sociedade imponha, é o que uma mulher quiser ser. É descobrir-se. Tornar-se. Definir-se, transformar-se. E, acima de tudo, aprender a se amar como mulher.”
Helena Borges, repórter da sucursal do Rio de Janeiro de IstoÉ

 

Inteligência emocional

“Ser mulher é ter força para aguentar o dia a dia, o trabalho, o chefe, o marido, os filhos e todas as necessidades que eles demandam. Além de força, é preciso ter doçura e serenidade para que esse dia a dia seja mais leve e gratificante. Ser mulher é ter paciência para ouvir piadas de mau gosto e o machismo velado que há por aí. É ser feminina, saber falar com um olhar, ter inteligência emocional. Enfim, ser mulher é ter um encantamento que vem da alma, do mais profundo ser feminino que mora em cada uma de nós.”
Cinthia Behr, chefe de arte de IstoÉ Dinheiro

 

Seguir em frente

“Ser mulher é andar com medo na rua à noite. É organizar o tempo para acomodar a jornada tripla. É ensinar para a filha que é preciso reparar mais nas ações do que nas palavras. É saber que um abraço cura (quase) tudo. É falar o que precisa ser dito. É seguir em frente, sempre. É lutar pela igualdade”.
Flavia Galembeck, editora assistente de Finanças de IstoÉ Dinheiro

 

Que bom não nascer homem

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“Cresci como a maioria de nós – de nossas mães, avós e todos os ramos até onde se pode voltar – acreditando que sorte teria sido nascer homem. Que bom poder brincar sem se pensar com o alinho dos cabelos, que bom rir alto sem se preocupar com o juízo da mesa ao lado, que bom propor mudanças no trabalho sem ser preterida por chefes, ainda hoje, quase sempre, homens. Mas um dia me tornei mãe. De uma menina. E Maria, com a sua delicadeza e sensibilidade, tateando este mundo em que mulher, mesmo sendo a metade dele, é vista no melhor dos cenários como cota, me mostrou que se eu tivesse sido sorteada para o primeiro sexo nesta vida, talvez não percebesse o quanto há por fazer por essa cultura torta, injusta e tão pouco inteligente que não suporta nos ver nos centros de tomada de decisão. Lucia, minha segunda filha, veio sete anos depois, com o exemplo de uma irmã que sai todos os dias da cama sabendo que precisa fazer o que for preciso não só por ela e pela mais nova, mas por todas que virão depois de nós. Que bom, meninas. Que bom termos nascido nós Simones, Fridas, Dilmas, Severinas.”
Ana Weiss, editora de Cultura de IstoÉ

 

“Ser mulher é ser feliz.”

Eni Teixeira, secretária do editor e diretor responsável Domingo Alzugaray

 

União e coragem

“Ser mulher em 2016 é – com as bênçãos das companheiras que há décadas estão nas trincheiras e abrem caminhos para que, inclusive, possamos escrever esses depoimentos – saber que há, ainda, muita luta pela frente. Vivemos num país extremamente intolerante e preconceituoso, onde o machismo está impresso em todos os ambientes e relações. Às vezes, velado, educadamente sutil. Algumas vezes, explosivo, violento. Em todas as situações, muito doloroso. Em 2016, nós, mulheres de todas as gerações, temos de continuar a lutar e a dizer não. As conquistas vieram e virão, mas só por meio de nós, da nossa união e da nossa coragem.”
Débora Crivellaro, editora de IstoÉ

 

Em marcha

“Nasci numa família em que as meninas chegaram primeiro. Depois vieram os meninos. Isso pautou a minha vida de criança. Faço parte de uma geração que disse: sim, estou aqui, quero ser independente, penso e existo. Hoje, embora o mundo ainda teime em olhar para o universo feminino e tente ditar regras que não mais se encaixam nos nossos sonhos e desejos, há um movimento em marcha. Olhar com carinho para esse movimento de rua, para mulheres, garotas e meninas empunhando bandeiras de igualdade de oportunidades, aceitação e domínio de seus próprios corpos e destinos, é como nascer novamente um pouquinho todos os dias, porque esse caminho, como minha mãe dizia, é para ir em frente, ainda que pareça longo.”
Vera Ondei, editora de Dinheiro Rural

 

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“Ser mulher é igual a ser homem.”

Eliane Lobato, chefe da sucursal do Rio de Janeiro de IstoÉ

 

“Ser mulher é não pensar muito na diferenças entre os dois sexos.”

Suzana Barelli, editora de vinhos de Menu

 

Em busca de harmonia

“Apesar da força interior que sinto por ser quem sou – o que inclui ser mulher –, tenho consciência de que gasto muito da minha energia defendendo o lugar que quero ocupar ‘apesar de não ser homem’, e me desgasto em lidar com opiniões e atitudes machistas de homens e mulheres. E pra quê? Por acreditar no ideal de um mundo mais harmônico e equilibrado, com liberdade de escolha pra qualquer ser humano? Exatamente! E pra isso vale o esforço!”
Renata Valério de Mesquita, repórter de PLANETA

 

Simplicidade complexa

“É usar saia e salto alto. É usar calça e tênis baixo. É usar maquiagem. É andar de cara lavada. É ser feminina. É ser rainha do lar. É ser da rua. É gritar por liberdade no meio da multidão. É fazer uma pequena revolução dentro de casa. É ser bem-sucedida na carreira. É ter tempo de manter o corpo em forma. É ser mãe de seus filhos. É não ser mãe. É ter um órgão sexual que te define. É ser a desconstrução de tudo isso. É ser simplesmente mulher, em toda sua complexidade.”
Cíntia Oliveira, repórter de Menu

 

Rumo à igualdade

“Ser mulher é uma corrida de obstáculos. É viver tentando driblar todos os ‘nãos’ que já vêm com o fato de ter apenas nascido mulher. É vencer cada tabu, mas não antes de tentar entender o porquê de cada um deles, e mesmo sem entender onde está a razão de tudo aquilo, ir em frente. Avós, mães, filhas, todas percorreram esse mesmo caminho fortes, lindas e livres quanto puderam, para que o amanhã seja de igualdade.”
Iara Spina, diagramadora de IstoÉ Dinheiro 

 

Esforço dobrado

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“Ser mulher ainda é ter que se esforçar o dobro para conseguir o mesmo resultado que um homem. Seja na conquista por respeito, credibilidade ou reconhecimento profissional. Mas é uma luta conjunta para que a peculiaridade e a beleza de cada gênero sejam determinadas sem hierarquização social, apenas por seus cromossomos sexuais: XX para elas, XY para eles.”
Débora Bergamasco, diretora da sucursal de Brasília de IstoÉ

 

Não se calar

Ser mulher (ainda) é ter que se desgastar tentando exigir respeito. É cansar de se impor o tempo todo para ter direitos. Ser questionada pelo que veste, por onde anda, com quem está. Por querer ser dona do seu corpo – e da sua própria vida. É perder a voz quebrando o silêncio. E não se calar. Nunca mais.”
Letícia Liñeira, repórter de IstoÉ Dinheiro

 

Tomar a vida nas mãos

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“Quando me pediram que escrevesse sobre o que é ser mulher hoje, parei para pensar. A resposta não veio fácil, apesar de respirar em um ambiente totalmente feminino, formado por mim e minhas três filhas. Concluí que sim, nos encaixamos em clichês. Somos multitarefas, cuidamos de tudo e todos, choramos em comercial e adoramos comédia romântica num sábado à tarde. Mas me dei conta de que estamos tão além disso que sorri silenciosamente comigo mesma. Temos fome por igualdade, marchamos na Avenida Paulista por um país melhor, vestidas de verde-amarelo ou de vermelho, gritamos contra a violência sexual e saudamos o tempo novo que chega defendendo a liberdade de gênero, de sermos quem quisermos e quando quisermos. É conseguir escolher se quer casar, comprar uma bicicleta ou ter um filho. Gostei do que percebi. Gostei de ver que ser mulher hoje é tomar a vida nas mãos e, mesmo com os leões diários para enfrentar, fazer parte do motor de ideias, sentimentos e ações que estão fazendo esse mundo girar, e pra frente.”
Cilene Pereira, editora de Medicina de IstoÉ

 

Poder fazer tudo e nada

“Sempre me julguei, desde menina. Lembro de ter chorado e sentido medo de ser eu mesma. Passei a podar minhas vontades. Aos 19 anos, comecei a namorar e mais tarde conheci o feminismo. Mas ainda havia resquícios machistas dentro de mim. Cansei de depender da opinião de outras pessoas para ser quem sou. O feminismo me libertou. Ser mulher, para mim, é fazer exatamente tudo o que eu tenho vontade, sem medo de ser oprimida. É poder escolher a profissão que eu quiser, usar a roupa que desejar e ter o corpo que eu conseguir. Não precisamos da aprovação de ninguém. Posso ou não ser mãe. Hoje vejo o mundo de outra forma. Compreendo o ponto de vista de qualquer mulher. E as defendo, não importa o que aconteça. Afinal, me sinto mais forte por ter tantas mulheres incríveis ao meu redor. Cada uma de nós tem sua beleza e qualidade. Ninguém deve ser piloto do nosso avião, além de nós mesmos. Ser mulher é poder fazer tudo e nada. Simplesmente o que sentir vontade.”
Ludmilla Amaral, repórter de Comportamento de IstoÉ

 

Desafio e aprendizado

“Ser mulher é um desafio. Para mim, é viver com medo de não dar conta das responsabilidades, de ser agredida ou assediada e ter atitudes e roupas sob julgamento constante. É não poder tomar decisões que dizem respeito ao meu corpo livremente. Mas também descobri que ser mulher é ter determinação e paciência sem medida para brigar por nossos direitos, desconstruir ideias que nos limitam e buscar alternativas para uma vida mais justa. Minha experiência é de um aprendizado sobre força, coragem e amor compartilhados.”
Marcela Caetano, repórter de Istoé Dinheiro Rural

 

Múltiplos papéis

“Ser mulher é deixar de lado a falta de colo para ser porto seguro de alguém. É ser forte e ser frágil. É ser a heroína com coração de mocinha. É desempenhar quantos papéis for preciso e ter prazer em todos eles. É ter muitos medos, mas não se curvar diante de nenhum. É falar e calar. Amar e disciplinar. Proteger e exortar. Ansiar e esperar. Ser mulher é desafiador, mas não há nada mais bonito!
Carol Gandara, designer de IstoÉ