O Brasil registrou 183 mil casos de sífilis congênita (transmitida da mãe para o bebê) entre 2013 e 2019. Cerca de 45% ocorreram na região Sudeste, segundo levantamento de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Esses casos resultaram em 2,4 mil mortes de crianças.

A infecção é causada pela bactéria Treponema pallidum e transmitida por contágio sexual. Apenas 21% das mulheres receberam tratamento adequado (Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, 16 de março).

Em São Paulo, os registros de sífilis congênita cresceram 6,6 vezes entre 2007 e 2017, sobretudo em razão de falhas no acompanhamento das mães infectadas. A conclusão é de um estudo coordenado pela enfermeira Mellina Yamamura, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O estado também registrou aumento de 8,6 vezes nos casos de sífilis em gestantes (Scientific Reports, 12 de janeiro).

* Este artigo foi republicado do site Revista Pesquisa Fapesp sob uma licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o artigo original aqui.