Pelo menos oito sítio arqueológicos que ficavam no caminho percorrido pela lama de rejeitos minerais da Vale podem ter ficados soterrados após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), segundo reportagem da Folha de S. Paulo publicada hoje (15/02/19).

Os locais tinham sido identificados pelo Iphan, mas eram tombados pelo órgão: Samambaia 1 e 2, arqueduto Córrego do Feijão, Berro 2, Fazenda Velha 1 e 2 e Fazenda Recanto 1 e 2. Neles havia, por exemplo, construções coloniais, estruturas de pau a pique, forno de carvão e canal de adução (sistema de transporte de água), mas sem data definida.

A resposta à vistoria pedida pelo Ministério Público de Minas Gerais ao Iphan nas redondezas do desastre destaca que “elementos culturais mais significativos como por exemplo Serra da Calçada e Forte Brumadinho, estão fora da área afetada”.

À Folha disse que devido ao trabalho ainda em curso “de resgate das vítimas e de recuperação dos danos causados pelo acidente”, o Iphan aguarda “o momento propício para, se necessário, fazer as intervenções técnicas cabíveis ao Instituto”.