Na década de 1990, o nome do bilionário financista húngaro-americano George Soros, de 88 anos, era associado à sua ousada manobra que, em 1992, rendeu-lhe US$ 1 bilhão de lucro numa aposta contra a libra esterlina. Hoje em dia, ele causa sentimentos conflitantes.

Depois de sobreviver ao nazismo em sua terra natal, a Hungria, e de deixá-la em 1947, já com os comunistas no poder, Soros se tornou compreensivelmente um defensor de causas progressistas e liberais e um doador de primeira ordem – desde os anos 1970, ele já repassou mais de US$ 18 bilhões à Open Society Foundations, sua agência filantrópica, que atua em mais de 100 países.

Mas suas posições políticas lhe granjearam inimigos (sobretudo entre nacionalistas e populistas) em vários cantos do mundo. Por exemplo, Viktor Orban, primeiro-ministro húngaro, considera Soros um “inimigo do estado” e se esforça para que a Universidade Centro-Europeia, fundada pelo bilionário em Budapeste e listada entre as melhores do mundo, saia do país.

Donald Trump, um “vigarista” segundo Soros, é outro de seus desafetos. Até agora, porém, o bilionário parece não se importar com as críticas vindas desse lado do espectro político.