No próximo dia 3 de julho, comemora-se o Dia Mundial do Cooperativismo. Entre as iniciativas que contribuem para o alcance desse nobre propósito está o Reciclômetro (www.reciclometro.com.br). Criado por Jorge Luís Romano, esse software de gestão tem modernizado o trabalho de reciclagem de cooperativas e centrais de triagem. “Nosso objetivo é facilitar e integrar a gestão da coleta, produção e comercialização de resíduos sólidos recicláveis, tornando essas informações acessíveis à população, órgãos públicos e demais partes interessadas no tema”, diz Romano.

A ideia deu tão certo que o hoje o sistema já é utilizado por cerca de 30 cooperativas vinculadas à Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) de São Paulo. Por meio dele, essas instituições promovem, com mais praticidade, o rateio entre os cooperados, mensuram a quantidade de resíduos reciclados e comercializados, emitem notas fiscais, entre outros procedimentos.

Por meio do Reciclômetro, as cooperativas passam também a fazer parte de um programa de logística reversa. Com maior controle sobre o que produz e a situação fiscal em dia, é possível ter maior rastreabilidade do processo, o que possibilita uma conexão direta com as grandes indústrias geradoras de resíduos sólidos. “Essa transparência é fundamental e traz mais credibilidade ao trabalho das cooperativas”, destaca Romano.

O sistema permite saber ainda em tempo real, a partir da emissão de nota fiscal das cooperativas, a quantidade total de resíduos reciclados, incluindo papel, metal, vidro, alumínio e plástico, entre outros materiais. Ele também indica os benefícios ambientais advindos dessa reciclagem, que evita, por exemplo, o corte de milhares de árvores e reduz a extração de barris de petróleo, minérios de ferro e areia.

Novo modo de gestão

Desenvolvido para ser aderente às necessidades da cooperativa, sem afetar a sua parte operacional, o Reciclômetro trouxe uma nova perspectiva de gestão para Vandaires Lopes dos Santos, presidente da Cooperativa Caminho Certo. “Em uma única planilha, temos informações importantes, como quantidade de rejeitos recolhidos e comercializados, histórico de notas fiscais, estatuto. Essa ferramenta permitiu que nos organizássemos melhor e, consequentemente, passamos a produzir e ganhar mais com a reciclagem”, afirma.

Para Marcos Paulo Santos Batista Nascimento, diretor comercial da Coopercaps, uma das cooperativas precursoras a usar o Reciclômetro, o software é um grande facilitador, por possibilitar um diálogo com as demais cooperativas, participar de leilões eencontrar clientes que têm interesse no material reciclado. “Isso facilita a vida das cooperativas”, afirma.