Já são 53 cidades do litoral em oito estados do Nordeste atingidas por manchas de óleo desde o início de setembro.

O Ibama pediu ajuda da Petrobras para a limpeza das praias. A fonte do vazamento ainda não foi identificada, mas Petrobras declarou que o óleo vazado não foi produzido e nem comercializado pela companhia. Ainda segundo análises da empresa, o óleo encontrado é de um tipo não produzido no Brasil.

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No último mês houve registros de tartarugas aparecendo em praias cobertas de óleo. A primeira ocorrência registrada no Ceará foi no início de setembro, em Sabiaguaba. Outros casos foram vistos em Flecheiras, Taíba e Jericoacora, segundo o Instituto Verdeluz.

No Rio Grande do Norte também foi registrado pelo menos um caso de encalhe de tartaruga encalhada coberta do óleo. O animal foi encaminhado ao Centro de Descontaminação de Fauna Oleada do Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Outra tartaruga foi encontrada em uma praia de Natal, mas já estava morta.

Segundo reportagem da BBC, autoridades declararam que acreditam que o óleo vazou de um navio petroleiro que estaria longe da costa. Dois barris foram encontrados em praias do Sergipe.

Em nota oficial, o Ibama disse que desde o dia 2 de setembro “vem estabelecendo uma série de ações, juntamente com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (DF), Marinha e Petrobras, com o objetivo de investigar as causas e responsabilidades do despejo, no meio ambiente, do petróleo cru que atingiu o litoral nordestino”.

Análises apontaram que a substância encontrada nos litorais trata-se de petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo.

O Ibama também afirmou que os trabalhadores que estão sendo contratados pela petrolífera são agentes comunitários, pessoas da população local, que recebem treinamento prévio da empresa para ocasiões em que forem necessários os serviços de limpeza. “No entanto, o número efetivo de mão-de-obra dependerá da quantidade de pessoas treinadas disponíveis nas áreas”, diz a nota.