Mesmo com a corrida mundial para construir uma rede 5G, alguns governantes estão inseguros em relação à possibilidade da tecnologia fazer mal à saúde, principalmente nos Estados Unidos. No entanto, a ciência mostra que as preocupações sobre os potenciais impactos do 5G na saúde são exageradas. Afinal, se não estávamos preocupados com as gerações anteriores em relação ao uso de celulares, a tecnologia não produziu muitas novidades sobre a situação.

Existem dois principais medos: o de que os efeitos dos sinais de ondas milimétricas possam ser mais perigosos do que as frequências com as quais já estamos acostumados e o de que o número maior de pontos de acesso possam expor as pessoas a mais radiação do que o 4G. Porém, o temor não leva em conta que as ondas milimétricas não são o único e nem o principal modo de as operadoras oferecerem o serviço. O 5G vai ser usado com as mesmas frequências de rádio que foram usadas por décadas para a transmissão de rádio e televisão, serviços móveis, rede sem fio e Bluetooth.

Além disso, pesquisadores não encontraram nenhuma evidência conclusiva que consiga ligar o uso de telefones com o câncer e outros problemas de saúde. Porém, os medos continuam exatamente por falta de estudos que sejam de fato conclusivos. Muitos críticos do 5G e de outras tecnologias sem fio apontam para o fato de que a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, da OMS (Organização Mundial da Saúde), disse que os telefones celulares seriam possivelmente cancerígenos. No entanto, a conclusão foi feita em 2011.

Mas se você ficou inseguro com a informação, saiba que não é preciso pânico. Provavelmente, seu telefone não está lhe causando nenhum tumor. De acordo com estatísticas do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, a taxa de câncer cerebral no país caiu entre os anos de 1992 e 2016 mesmo com o uso de celulares tendo disparado no período.