O terremoto de 7,8 graus que sacudiu o Nepal em 25 de abril é um duro lembrete da transitoriedade da vida para esse religioso país asiático. Mas fenômenos como esse não são raridade por lá. Todo o território nepalês está no Himalaia, a mais alta cordilheira do mundo, formada pelo choque entre as placas tectônicas Eurasiana e Indiana. Como as placas continuam a se atritar, os terremotos são comuns na região e, segundo a organização americana GeoHazards International, a cada 75 anos, em média, ocorre um grande abalo ali. Como as construções locais são precárias, o número de vítimas fatais nessas catástrofes nunca é pequeno.

Em 1934, um sismo de magnitude 8,1 graus no leste do país causou mais de 10 mil mortes; em 1988, um abalo de “apenas” 6,8 graus matou mais de mil pessoas. O primeiro-ministro nepalês, Sushil Koirala, prevê que mais de 10 mil indivíduos perderam a vida no terremoto de abril, em meio a muita destruição, como a registrada pela foto na cidade de Bhaktapur. Até o país conseguir aplicar as regras de construção usadas em regiões sísmicas do primeiro mundo, como o Japão e a Califórnia, a tendência é de que tragédias como essa continuem a se repetir.