A Virgin Galactic, empresa do milionário britânico Richard Branson, vai consolidando sua expansão rumo ao turismo espacial. O SpaceShipTwo VSS Unity levou três passageiros a uma altitude de 89,9 quilômetros, apenas dois meses após seu primeiro voo bem sucedido ao espaço, ou seja, que superou a fronteira do espaço de 80 km de altitude, segundo a definição americana. (A convenção internacional estabelece a fronteira espacial mais acima, a 100 km de altitude, na chamada “linha de Karman”.)

Na última sexta-feira (22/02), Dave Mackay, piloto chefe da companhia, conduziu o voo ao lado de Beth Moses, principal instrutora de astronautas da empresa de voos espaciais, e Mike “Sooch” Masucci que estava a bordo para fornecer mais dados sobre como os corpos humanos experimentam os voos da SpaceShipTwo e como é a experiência na cabine para os passageiros.

O WhiteKnightTwo, o avião que eleva o VSS Unity o suficiente até que este dispare seu motor, decolou da base de lançamentos Mojave Air and Space Port, na Califórnia, alguns minutos depois das 11h (horário de Brasília). A unidade se separou cerca de uma hora no voo e disparou seu motor. E aterrissou sem incidentes de volta à base do deserto de Mojave.

Gráfico explicativo da primeira viagem feita pelo SpaceShipTwo com passageiros ao espaço, em 22/02/19.

A SpaceShipTwo está projetada para transportar seis passageiros turistas, mas os testes foram adiados por anos, em parte devido a um acidente em pleno voo no qual morreu o copiloto em 2014. Um passeio suborbital deve sair por US$ 250.000, por pessoa. Richard Branson disse no início do ano que espera que os testes sejam suficientes até 16 de julho para estar bordo na viagem na comemoração do 50º aniversário do lançamento da Apollo 11.

A principal concorrente da Virgin Galactic é a Blue Origin, fundada pelo milionário Jeff Bezos, dono da Amazon. A nave espacial New Shepard, da Blue Origin, cruzou os 100 km, mas nunca com pessoas a bordo. Bezos sugeriu que isto poderia ocorrer este ano.