No ano passado, parques nacionais tiveram um aumento na visitação de 6,15%, com um total de 12,4 milhões de visitas, segundo dados divulgados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em 2017, foram 10,7 milhões de visitas. Além dos parques nacionais, outras categorias de unidade de conservação (UC) também receberam um volume maior de visitantes. Os parques, no entanto, são a categoria mais visitada, concentrando 71% da visitação.

O campeão da visitação, com 2,6 milhões de visitas, continua sendo o Parque Nacional da Tijuca (RJ). O Parque Nacional do Iguaçu (PR) ficou em segundo lugar, seguido pelo Parque Nacional de Jericoacoara (CE) tendo, respectivamente, 1,89 milhão e 1,09 milhão de visitas. Entre os outros tipos de UCs se destacaram a Reserva Extrativista do Arraial do Cabo, com 1,15 milhão de visitas (RJ) e o Monumento Natural do São Francisco, com mais de 658 mil visitas.

Para o presidente do ICMBio, Adalberto Eberhard, o aumento das visitas é decorrente do maior interesse das pessoas pelo meio ambiente e por experiências na natureza, mas o trabalho de estruturação das unidades (como capacitação das equipes técnicas, diversificação das oportunidades de recreação e melhora na infraestrutura) também fez a diferença.

De acordo com um estudo realizado pelo ICMBIO, em 2017 os visitantes gastaram cerca de R$ 2 bilhões nos munícipios do entorno das unidades de conservação. Com isso, foram gerados cerca de 80 mil empregos diretos, R$ 2,2 bilhões em renda, outros R$ 3,1 bilhões em valor agregado ao Produto Interno Brunto (PIB) e mais R$ 8,6 bilhões em vendas. Os resultados mostram que a cada R$ 1 real investido, R$ 7 retornam para a economia.

“Esse aumento da visitação é muito bom, ao conhecer um parque a pessoa passa a valorizar a natureza e o trabalho de conservação que é realizado ali, ela se torna uma aliada da conservação. Mas é importante oferecer boas condições para essa visita”, diz Eberhard. Para ele, a realização de parcerias com a iniciativa privada vai garantir que os resultados dos próximos anos sejam ainda melhores.

Para Paulo Faria, coordenador de estruturação da visitação e Ecoturismo do ICMBIo outra ação de destaque foi a sinalização e manejo de trilhas, proporcionando a prática de uma grande variedade de atividades, como caminhadas, cicloturismo, observação de aves, atividades educativas e atividades aquáticas, apenas para citar as mais populares. Um exemplo é a Floresta Nacional de Brasília, que ganhou uma rede de trilhas com diversas quilometragens, variando entre 6 a 36 km, desenhadas para diferentes públicos.