Enquanto o mundo se prepara para enfrentar a extinção dos elefantes, o Zimbábue justifica a venda de 98 exemplares da espécie por não conseguir lidar com uma população muito numerosa. A ministra do Turismo, Prisca Mupfumira, afirmou que o país atualmente tem 85 mil elefantes e só tem capacidade para atender a 55 mil, segundo uma reportagem da mídia local Zimbabwe Chronicle.

Os animais foram vendidos para diferentes parques da China e para Dubai, nos Emirados Árabes, ao longo dos últimos seis anos, e rendeu ao país africano US$ 2,7 milhões. Os valores unitários variaram de US$ 13.500 a US$ 41.500, entre 2012 e 2018, segundo relatórios. O dinheiro das vendas será usado para apoiar os esforços de conservação, principalmente no que diz respeito aos níveis de água, que estão se esgotando nos rios dos parques nacionais.

O governo destaca ainda que a proibição do comércio de marfim colocado pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção gerou uma pressão sobre o país. Além disso, aponta períodos de seca e os incidentes entre elefantes e moradores e fazendeiros em comunidades rurais, que deixam feridos e mortos em ataques dos animais.